domingo, 23 de setembro de 2012

O amor por entretenimento barato e pancadaria gratuita

Tem dias que eu acordo sem a mínima vontade de pensar. O que eu quero (e preciso) fazer é só sorrir, comer, tomar uma Pepsi e achar graça da vida. Só. 
Nesses dias, normalmente, como não estou muito a fim de fazer nada mesmo, acabo indo ver um filme. Mas não qualquer filme, veja bem. Um filme... barato.
Não barato no sentido de pouco custoso, mas barato por ser aquele tipo de entretenimento que diverte sem necessidade de grandes reflexões. E não se engane: sempre tem um desses em cartaz.

Foi em dias como esses que acabei assistindo Battleship.
Confesso que fui seduzida pelo trailer repleto de Alexander Skarsgård (o velho amor de ainda e sempre, o Eric de True Blood) e tiroteios e bombas e explosões. Afinal, quem não a-m-a explosões? Toda aquela receita de barcos no Pacífico sendo atacados por alienígenas tecnológicos kibados de Transformers fez o machinho que me habita refestelar de alegria. Então, naquele dia do ócio mental absoluto, fui pra meu entretenimento barato. Me contentaria com um Transformers aquático que fosse, mas não é que me surpreendi?

O filme é todo baseado em Batalha Naval. Sim, aquele joguinho meu e seu de meio-de-aula-no-colégio e que vinha em caixas de cereais para o pós-jantar com o meu pai. 
Acho que esse é o golpe baixo do filme, reverberar diretamente nas memórias da infância e toda a imaginação que envolvia o jogo quando eu afundava o porta-avião do adversário. Em minha mente levemente doentia, imaginava explosões e o navio afundando lentamente no mar com o meu morteiro certeiro. Traduzir isso para a realidade é a maior covardia de todos os tempos. Como já dizia o meme do Fry: shut up and take my money!

Eis que um blockbuster hollywoodiano resolve apelar para a fórmula apocalíptica tradicional mexendo com minhas lembranças de criança! Apelaram? Sim. Ficou ruim? NÃO!
Tiraram a invasão alien de Nova York e colocaram Havaí, entre equipes de olimpíadas navais (oi?) e com uns aliens mais badass que o normal (seres feios com tecnologia a la decepticons). Dois mocinhos gatos rodeados de marinees gatos, um romancezinho mamão com açúcar pra enfeitar e uma Rihanna depois, o resultado da receita é surpreendentemente divertido.

Entre mortos, feridos, navios afundados, gritos, alguns torpedos e explosões depois, a certeza é que eu me diverti demais. Há tempos um filme barato tão bem produzido não aparecia pelas telas brasileiras, muito menos com gostinho de infância. Só fez alimentar minha fixação por filmes idióticos e ficar aqui, ansiosa, esperando o próximo dia do saco cheio.




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